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SOBRE O LIVRO

O importante é transformar o mundo reúne os escritos da feminista radical Andaiye, intelectual e ativista negra da Guiana. O livro foi organizado pela própria autora (que faleceu em 2019) e por Alissa Trotz, professora da Universidade de Toronto, que virá ao Brasil em novembro participar da Flipei.

Andaiye nasceu em Georgetown, Guiana Britânica, em 1942. Seu nome original era Sandra Williams, mas ela o alterou, inspirada pelo movimento Black Power na América e na região. De origem suaíli, Andaiye significa “a filha que retorna a casa”. Sua mudança de nome foi uma declaração definitiva de orgulho de seus ancestrais africanos. Seus escritos são indispensáveis para a história da luta das mulheres por igualdade e pela recuperação de sua humanidade na Guiana.

Os artigos reunidos neste livro permitem conhecer o universo de estudos e a militância da autora que militou no Movement Against Oppression (MAO), na Working People’s Alliance (WPA), onde foi companheira de lutas de Walter Rodney - tendo organizado seus escritos xx - e atuou como defensora dos direitos das mulheres, por meio da organização Red Thread na Guiana, uma rede multirracial de mulheres independente em relação a qualquer partido político. Andaiye tornou-se uma das principais proponentes da Campanha Internacional por Salários para o Trabalho Doméstico (CISTD), que trouxe para o foco político o trabalho não pago de reprodução, ignorado pela esquerda que se concentrava exclusivamente no “ponto de produção”.

Esta coletânea é uma referência para o estudo da imaginação radical caribenha. O trabalho intelectual incisivo e imaginativo de Andaiye ainda é pouco conhecido no Brasil. Busca-se com essa publicação, promover o reconhecimento de sua obra, bem como da produção intelectual e da história da Guiana.

SOBRE A AUTORA

Andaiye (1942-2019) foi uma das figuras políticas mais radicais entre as pensadoras políticas e intelectuais do Caribe. Ela dedicou toda a sua vida adulta à política de esquerda e voltada a mulheres na Guiana, no Caribe e em outros lugares do mundo.

Na Guiana, integrava a Working People’s Alliance, servindo à executiva do partido e também atuando nele como coordenadora/editora, secretária internacional e de mulheres durante o período de turbulência política e luta antiditatorial que culminou no assassinato de Walter Rodney em 13 de junho de 1980. Parte de seu trabalho político foi editar alguns dos últimos escritos de Rodney.

Ela foi uma das fundadoras da Red Thread, uma organização guianense de mulheres, trabalhou com a Unidade de Mulher e Desenvolvimento na Universidade das Índias Ocidentais, esteve brevemente vinculada à organização de integração regional Caricom (Comunidade Caribenha) como assessora especial da Secretaria Geral de Mulheres e Gênero, ajudando a preparar ministras de Assuntos da Mulher para a Conferência sobre Mulheres de Pequim em 1995, e integrou também a Executiva Regional da Associação Caribenha para a Pesquisa e a Ação Feministas em meados da década de 1990. Internacionalmente, foi associada à “Greve Mundial de Mulheres” e “Mulheres Não Brancas na Greve Mundial de Mulheres”.

SOBRE A ORGANIZADORA

Alissa Trotz é professora de estudos caribenhos na New College e de estudos de mulheres e gênero na Universidade de Toronto. Ela também é professora afiliada do Instituto Dame Nita Barrow de Estudos de Gênero e Desenvolvimento da Universidade das Índias Ocidentais, Cave Hill, Barbados. Integra a Organização de Mulheres Red Thread, na Guiana, e é editora de “In the Diaspora” [Na Diáspora], uma coluna de jornal semanal no diário guianense Stabroek News.

O QUE FALAM DO LIVRO

“Finalmente, chega ao Brasil o pensamento feminista radical de Andaiye. Fruto da geração de ativistas negras latino-americanas e caribenhas, a pensadora guianense se soma ao seleto conjunto de autoras do Atlântico Negro que esbanjou suas grandes intelectuais, radicalmente democráticas e críticas ao eurocentrismo nas Américas. Andaiye é uma pensadora da mesma safra de Angela Davis, Lélia Gonzalez, Audrey Lorde e Beatriz Nascimento, intelectuais de dimensão pública que investiram, a um só tempo, na reflexão crítica e na ação no mundo.”
Flavia Rios, socióloga, professora da Universidade Federal Fluminense (UFF) e pesquisadora do Núcleo de Pesquisa e Formação em Raça, Gênero e Justiça Racial Afro do Centro brasileiro de Análise e Planejamento (Afro/Cebrap).

“Não é exagero dizer que este volume ocupará um lugar de destaque ao lado dos escritos de C. L. R. James, Frantz Fanon, Aime Cesaire, Sylvia Wynter, Edouard Glissant, George Lamming, Kamau Brathwaite, Stuart Hall e certamente Walter Rodney. E como seus ilustres predecessores, Andaiye e sua brilhante colaboradora, Alissa Trotz, não organizaram este livro para ele acumular poeira em uma biblioteca. O título diz tudo: o importante é transformar o mundo.”
Robin D. G. Kelley, autor de 'Sonhos da Liberdade: A Imaginação Radical Negra'

“Uma avaliação abrangente da jornada de crescimento pessoal, político e profissional de Andaiye. Seu legado como ativista e estrategista caribenha é formidável”
Patricia Rodney, presidente da Fundação Walter Rodney